Era uma vez um homem que tinha uma
galinha.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de
ouro.
O homem ficou contente. Chamou a
mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: – Vamos ficar
ricos!
E a mulher começou a tratar bem da
galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau
para a galinha.
Dava pão-de-ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um
ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo todo com a
galinha?
Nunca vi galinha comer pão-de-ló…
Muito menos sorvete! Vai que a mulher
falou:
- É, mas esta é diferente. Ela bota ovos
de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso, mulher. Galinha
come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à
galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um
dinheirão!
A galinha pode muito bem comer
milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra
galinha.
E todos os dias a galinha botava um
ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo de dar milho pra
galinha?
Ela que cate o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo
de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão
aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está
numa boa casa onde tratam dela a
pão-de-ló.
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