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domingo, 1 de abril de 2012

DISCIPLINA EM SALA DE AULA.

Atitudes do professor que facilitam a
disciplina
1. Nunca falar para a turma, enquanto
não estejam todos em silêncio.
2. Dirigir-se aos alunos com linguagem
e voz clara, com certa pausa e
expressividade para que percebam o
que se diz à primeira.
3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma
atitude rara que por vezes é necessária.
Não esquecer que os gritos
desprestigiam o professor. Ordens
como: "Calados!", são inúteis.
4. Jamais esquecer esta regra de ouro:
Se basta um olhar, não dizer uma
palavra;
se basta uma palavra, não pronunciar
uma frase.
5. Esforçar-se por manter a presença de
espírito, serenidade e segurança. Os
alunos notam a mais leve falta de à
vontade, insegurança ou excitação do
professor. Se isso se prolonga, a aula
está "perdida"
6. Não deixar passar "nem uma" e
actuar desde o principio. Nada fere
mais o aluno e desprestigia um
professor que as possíveis "injustiças". É
o caso de deixar passar uma falta num
aluno e, logo a seguir, castigar outro
por uma falta semelhante.
7. Cuidar as atitudes corporais, os
gestos, as expressões do rosto e vocais;
tudo isso influi positiva ou
negativamente nos alunos.
8. Procurar manter o domínio de toda
a aula. Mesmo que se dirija apenas a
uma parte da aula, deve ter a restante
sob controlo. E preciso evitar a todo o
custo que um aluno apanhe o
professor desprevenido.
9. Não aceitar que os alunos se dirijam
ao professor com modos ou expressões
pouco apropriadas, como sejam:
abraços, palmadinhas nas costas,
graçolas, etc. Isto só serve para
"queimar" o professor.
10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a
ironia malévola. Tem efeitos imediatos,
mas consequências desastrosas a longo
prazo.
11. Tornar-se acessível ao aluno,
colocando-se ao seu nível, mas sem
infantilidades nem paternalismos. Falar-
lhes com afabilidade, afecto, por vezes
com doçura; mantendo sempre uma
discreta distância que eles aceitam e
até desejam.
12. Se alguma vez acontecer uma
situação de conflito (o que deve ser
raro e excepcional) com um aluno ou
com a turma, procurar o modo de
sanar essa "ferida", através de alguma
saída airosa, gesto ou atitude
simpática. Eles possuem um sentido
epidérmico da justiça, mas igualmente
uma grande capacidade de desculpar e
esquecer agravos.
13. Saber manter o equilíbrio entre a
"dureza" e a amabilidade. A jovialidade
e a alegria do professor deve-se
manifestar, apesar de tudo, em todas
as circunstâncias; os alunos têm de a
notar. A maior parte das antipatias dos
alunos têm a sua origem em rostos ou
atitudes pouco acolhedoras.
14. A correcção deve ser:
a) silenciosa: falar em voz baixa e só por
necessidade;
b) sossegada: sem perturbação,
impaciência ou exaltação;
c) de forma a provocar a introspecção
do educando: que o aluno contenha os
seus impulsos, caia em si e retome o
caminho;
d) afectuosa: "se quereis persuadir,
consegui-lo-eis mais pelos sentimentos
afectuosos que pelos discursos" (S.
Bernardo).
15. Evitar proferir ameaças, que podem
não se cumprir, pelo desprestígio
magistral que isso implica.
16. Mandar o menos possível. O ideal é
conseguir com o mínimo de ordens.
Mandar o estritamente necessário e
com a certeza de que vamos ser
obedecidos.
17. Algumas citações:
"São o silêncio, a vigilância e a
prudência dum mestre que
estabelecem a ordem numa escola e
não a dureza e a pancada" (VITOR
GARCIA HOZ).
"...a escola terá um pouco de sanatório,
de biblioteca e de claustro, o que quer
dizer que estará mergulhada em
silêncio. Um silêncio que não será
interrompido pela voz do professor,
nem por campainhas1 nem por
exercícios de piano... Um silêncio todo
penetrado de actividade intensa, de
vai-e-vem na ponta dos pés, de
cochichos discretos e de alegria
contida. Este silêncio supõe todo um
conjunto de condições: mobília
apropriada, motivos de actividade para
estimular o trabalho da inteligência, e
um professor omnipresente, mas
invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL).
"Evitar a "expressão sem vigor, sem
clareza, nem exactidão" (Platão), por
ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA
HOZ).
"E preciso cultivar bem as palavras, com
sossegopara que saiam resistentes
como alicerces; e no mestre cristão
ainda mais, porque ele pretende fazer
obra para a eternidade" (V. GARCIA
HOZ).
"A criança não praticará seriamente a
virtude, se não conseguirmos tornar-
lha amável e sedutora" (JOSEPH DUHR).
"Contribuem muito para suscitar o
interesse e, em consequência, a
atenção da criança, a personalidade e
as atitudes mentais do professor. As
atitudes e emoções são muito
contagiosas. O professor entusiasta,
alegre e animado, costuma ter alunos
atentos e interessados. A primeira
condição da aprendizagem interessante
é que o professor reflicta nas suas
atitudes e actividades em grau
suficiente de simpatia e entusiasmo"
(AGUAYO)
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ATITUDES DO PROFESSOR QUE
FAVORECEM A RELAÇÃO COM OS
ALUNOS
1. Planificar e programar bem as aulas.
Não confiar na improvisação.
2. Manter sempre os alunos ocupados
porque nada favorece tanto a
indisciplina como não ter nada que
fazer.
3. Evitar centrar-se num aluno, pois os
outros ficarão entregues a si mesmos.
4. Evitar os privilégios na aula. A escola
deve ser um lugar de combate aos
privilégios.
5. Não fazer alarde de rigor. Quando
for necessário corrigir, fazê-lo com
naturalidade e segurança.
6. Não falar de assuntos estranhos à
aula.
7. Aproximar-se dos alunos de modo
amigável, tanto dentro como fora da
escola.
8. Estar a par dos problemas
particulares dos alunos para poder
ajudá-los quando necessário.
9. Se tiver de fazer uma admoestação,
que esta seja firme, mas que nunca
ultrapasse a linha do amor próprio e
seja de preferência em privado.
10. Procurar um ambiente cordial,
relaxado e sereno.
11. Ser coerente e não justificar as
incoerências. Quando houver alguma
incoerência o melhor é reconhecê-la e
honestamente rectificá-la.
12. Se se aplica um castigo deve ser
mantido e cumprido, a não ser que
haja um grande equívoco que justifique
uma mudança de atitude.
13. Não se deve castigar sem explicar
clara e explicitamente o motivo do
castigo.
14. Não agir em momentos de ira e
descontrolo.
15. Evitar ameaças que depois não
possam ser cumpridas, pois isso tira
prestígio ao professor.
16. Os chefes de equipa ou grupo
devem colaborar na disciplina da aula.
17. Há que ser pródigo em estímulos e
reconhecimentos de tudo o que de
bom faça o aluno, embora sem
exageros ou formas que pareçam
insinceras.
18. Evitar castigar todos aos alunos por
culpa de um só, a não ser que existam
implicações gerais.
19. Evitar atitudes de ironia e sarcasmo.
20. Ser sincero e franco com os alunos.
21. Saber dar algo aos alunos, não
pedir-lhes sempre.
(Não sei quem é o autor destes
apontamentos)
Um professor influi para a eternidade;
nunca se pode dizer até onde vai a sua
influência. (Henry B. Adams)

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