No dia 30 de janeiro é comemorado o dia
da saudade, essa palavra existe apenas
na língua portuguesa e galega e serve
para definir o sentimento de falta de
alguém ou de algum lugar.
De origem latina, saudade é uma
transformação da palavra solidão, que
na língua escreve-se “solitatem”. Com o
passar dos anos, assim como outras
palavras se transformam de acordo com
as variações da pronúncia, solitatem
passou a ser solidade, depois soldade e,
finalmente, saudade.
Podemos considerar que no dia da
saudade as pessoas se dedicam às
lembranças de seus entes queridos que
estão ausentes, de fatos que viveram ou
de lugares e objetos que marcaram suas
vidas. Isso faz com que a palavra saudade
se torne melancólica, trazendo certo
sofrimento.
Saudade é também definida como “a
sensação de incompletude, ligada à
privação de pessoas, lugares,
experiências, prazeres já vividos e vistos,
que ainda são um bem desejável”,
segundo o dicionário Veja Larousse.
Em outras línguas não existe uma
palavra capaz de traduzir o significado
amplo de saudade, mas algumas delas
trazem conceitos próximos, mas não tão
nobres. Em inglês, saudade é “I miss
you” que quer dizer sinto sua falta; em
Francês “souvenir”, que significa
lembrança; em italiano “ricordo
affetuoso”, recordação afetuosa; em
espanhol “recuerdo ou te extraño
mucho, que significam lembrança e
sinto falta, respectivamente.
Ao longo da história podemos perceber a
saudade nas músicas e nos poemas,
desde longos anos. Charlie Chaplin diz:
“Sorri quando a dor te torturar
e a saudade atormentar os teus dias
tristonhos vazios”; Luis Fernando
Veríssimo determina que “não deixe que
a saudade sufoque, que a rotina
acomode, que o medo impeça de tentar”;
Vinícius de Moraes e Tom Jobim
cantaram a saudade dizendo: “Chega de
saudade, a realidade é que sem ela não
há paz, não há beleza é só tristeza e a
melancolia que não sai de mim, não sai
de mim, não sai”.
Os sertanejos também retratam muito a
saudade, pois deixam o campo para
trabalhar na cidade. Chitãozinho e
Xororó falaram da saudade retratando
que “por nossa senhora, meu sertão
querido, vivo arrependido por ter
deixado. Esta nova vida aqui na cidade,
de tanta saudade, eu tenho chorado”.
E o rock não podia deixar de se
manifestar sobre o tão nobre
sentimento. Raul Seixas registrou sua
expressão na letra que diz “hoje é
feriado, é o dia da saudade, hoje não
tem aula pra garotada, velhas de varizes
na calçada, só na saudade”.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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